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10 agosto 2007

Secalhar estou apenas confuso

Por vezes sinto-me sozinho e desapoiado, desde que a minha mãe faleceu sinto que me tenho deixado arrastar, levar por uma ambição incerta. Nos momentos difíceis tomo a decisão que me parece mais correta, o que significa que nem sempre é a mais sábia e está longe de ser a perfeita. Dou mesmo por mim a procurar desculpas para o caminho que escolhi, nunca arrependido pois o orgulho não me permite, mas a ponderar como teria sido. Invocar a minha mãe neste primeiro paragrafo é simples, ela, sempre que eu lhe colocava uma questão opinava sobre o assunto sabiamente, incentiva-me a seguir aquilo que eu decidisse e mais importante era que ela apoiava-me desde o inicio ao fim preocupando-se sempre como é que as coisas estavam a correr...
Agora corro e luto desamparado por algo que eu nem sei bem o que. Tenho inúmeras ideias, desenvolvo-as inicio os projectos e depois deixo-os porque acabo por perceber que não era bem aquilo, que eu estava á espera ou então porque não era aquilo que pensava que ia ser ou então porque sou simplesmente cobarde e temo que não dê certo. Desistir? nunca isso não faz parte do meu dicionário, julgo que não, apenas se não tenho a certeza de que é aquilo que eu quero, deixo que tudo seja levado pelo tempo e caia no esquecimento.

Ontem ao me colocarem uma simples questão, vacilei, ocorreram-me inúmeras respostas e nenhuma delas era a ideal, nenhuma delas me preenchia, senti-me vazio, oco, sem destino e a lutar apenas por viver e não para concretizar um sonho, assim de repente é como se todos os esforços que tenho feito até então fossem em vão, senti que nado contra a corrente sem saber o que me espera no final, pior, senti que muito provavelmente vou nadar contra a corrente toda a minha vida e nunca me vou sentir realizado porque embora idealize e trace diversos objectivos esses são tão pequenos que não podem definir toda uma vida e até hoje a minha vida não passa disso. Batalhas ganhas, umas fáceis outras nem por isso, a guerra está longe de acabar, mas agora sinto que dou a cabeça e o corpo ao manifesto por uma guerra cujo objectivo final nunca esteve traçado.
A minha resposta, a mais óbvia, foi abafar o contexto recorrendo ao passado, dar exatamente a mesma resposta que dava quando em tom de brincadeira as pessoas me faziam a mesma pergunta, utilizando "à não muitos anos atrás... , mas agora não sei", depois senti-me pequeno, minúsculo, quase insignificante, apenas porque, não saber a resposta me transforma em tudo aquilo que eu nunca quis ser, mais um. Mais um que anda por ai sem destino, feliz, mas sem destino.

Certo é que não tenho nenhuma vocação, não sei jogar á bola, tocar um instrumento musical, etc..., trabalho e gosto do que faço mas também não o quero fazer para o resto da minha vida. Tenho ao meu lado todos os dias pessoas que amo, isso deixa-me feliz e realiza-me, no entanto embora isso me deixe extremamente contente, não servia como resposta aquela pergunta.

Eu respondi que à não muitos anos atrás, o que me levou a seguir a área de estudo era porque eu queria ser enfermeiro, agora não sei.
A pergunta era simples, "O que é que realmente gostavas de fazer?"

1 comentário:

Paulo disse...

Nelson, eu não te conheço bem, logo a minha opinião pode não valert muito... mas acho que estás a ser demasiadamente exigente contigo próprio.

Todos nós nos sentimos perdidos, desamparados e sem rumo em algumas alturas. O facto de de arrependeres de algumas decisões apenas reflecte uma coisa: és humano e como tal susceptível de errar :)

O facto é que tomas decisões (o que nem todos fazem) e se chegas à conclusão que cometeste um erro, apenas tens de fazer uma coisa: APRENDER :)

Aprender com os erros ;)

Força!

Abraço e bom FDS!

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